quarta-feira, 10 de setembro de 2014

--Pérolas.--*

Olá pessoal! Bom, eu vim aqui falar pra vocês a respeito de algumas coisinhas que eu passei, desde quando engravidei. [e isso tudo, por não ter um olho a minha disposição. *o meu próprio.*]
 _Mas isso nem me entristece. Só vou contar, porque faz parte da minha história com o meu príncipe!_

Bom, pra começar, eu passei super apertado pra fazer o teste de farmácia, e adivinhem por quê?
(Eu só conseguiria ver o resultado se enxergace, por causa das duas faichinhas que sobem quando da positivo, e se uma só se levantar, significa que deu negativo.)
Eu estava passando mal até, e queria muito saber desse resultado. Mas eu tive que aguardar até o dia seguinte, para que algum olho alheio me ajudace.
Minha obstetra mal conseguia me falar  de que tamanho provavelmente estaria meu amor na minha 1ª consulta, + isso eu consegui resolver através do sit:

http://www.babycenter.com.br

Já durante o 1º ultrasson eu fui imensamente feliz. Porquê a médica presente me descreveu absolutamente tudo! Deu as medidas do bebê, me disse a quanto pulsava seu coraçãozinho, emfim, foi maravilhoso!
Já no 2º exame, eu não tive a mesma sorte, por realizá-lo em uma outra clínica, porque na 1ª não havia vaga. A médica não me dizia quase nada, e eu tinha que ficar lá:
"Doutora, a senhora pode me descrever o que está acontecendo? O que ele está fazendo? quanto ele mede agora? e seu coraçãozinho, a quanto está pulsando?"
Ela não gostou muito do interrogatório, + isso pouco importa. Pois se eu não perguntasse, como é que eu ia saber poxa!

Já no 3º exame, eu fui imensamente feliz novamente. A médica era calma, e me explicou tudo, assim como na 1ª vez.
Mas o que me deixou meio assim, foi que eu encontrei uma pessoa nesse lugar, que veio até mim, e começou a puxar conversa.
Nós fomos falando e falando, e ela:
"você está grávida?"
Eu:
"sim! estou e muito feliz por isso."
E ela pra fechar a conversa com chave de ouro, me disse:
"E quem te fez isso?"
Eu não sabia se ria, ou se ficava brava.
Eu dei um sorriso amarelo pra ela, e levantei a mão esquerda, e disse:
"então..... eu me casei, esse filho é meu e do meu marido!"
e ela ainda não estava satisfeita:
"e  ele é = a você? também tem problema?"
eu já estava cheia dessas perguntas, e finalisei a conversa:
"Sim. ele também é cego. Mas nós vivemos bem, e estamos muito felizes por conta do nosso bebê que está a caminho."
Ela se calou, e se despediu de mim....
Ô, eu não me importo de responder certas perguntas, + às vezes as pessoas me acham com carinha de google! E ainda existem aquelas que não tem noção da realidade, e fazem umas perguntas que deixam a gente sem saber se responde, ou se leva na esportiva! Eu sou super relachada com essas coisas, + existem dias e situações que me fazem ficar um pouquinho nervosa!!!!! + Era só isso mesmo que eu queria dizer a vocês meus leitores.
Infelizmente nem todas as pessoas sabem como perguntar, nem todo mundo encara a deficiência numa boa, e isso é culpa do nosso país, onde já avansamos a paços lentos rumo a 100% de uma verdadeira inclusão, que ainda está guardadinha na gaveta dos nossos governantes, da nossa presidenta, e assim as pessoas não aprendem o que eu já sei, e o que outras pessoas já sabem! Perguntar não é errado. Mas eu só queria que todos me enxergassem como uma mulher comum! Que já estudou, que trabalha, que tem uma família, que faz sexo, que vai ser mamãe! Poxa, que tem de novo nisso tudo? Nadinha de nada!
Beijinhos!

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